Não canso de me surpreender com a vida.
Em diversos momentos tive uma certeza estúpida de que tudo daria certo e ocorreria da melhor maneira possível para mim, pela simples razão de que queria que assim fosse. Procurei manipular a vida. Ela, entrementes, sempre dava um jeito de me dar um olé. O mais extasiante é que, em grande maioria, essas desviadas de rota me levaram pra um destino inesperado e inebriante. Nunca o mar fez tanto sentido pra mim. Nunca o desconforto inicial de sair do calor da beira da praia para o mar gelado, seguido do prazer imenso que é banhar-se neste, fez tanto sentido pra mim.
É impossível não se acomodar, penso eu. Querer sentir-se confortável é algo inerente ao ser humano. Quase uma busca constante. Já o medo da mudança me parece algo incabível. Uma vez que podemos observar os nuances da vida, mesmo que sem profundidade, veremos o quanto nada é constante. Absolutamente nada. Aceitar isso internamente como uma verdade palpável é aprender a viver de uma maneira justa e saudável. O presente é a única realidade.
Há tempos buscava doutrinar como as coisas deveriam ser. Hoje sinto que não posso confiar no que eu acho que é melhor pra mim. Deixo a vida me dizer.
Hoje eu sou uma pessoa feliz e transbordante, inspirada pelo amor e buscando aproveitar o presente atual e os próximos presentes, pra sempre.
"Que a gente nunca desaprenda a recomeçar. Se preciso, todos os dias."
Recomeço, hoje, finalmente, a escrever.
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